quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Produção de Texto:

processo de avaliação\revisão.

(Nacir Abdala - Pós-graduado em Metodologia de Ensino e em Psicopedagogia Clínica e Institucional. Mestrado em Educação e Doutorando em Ciências Da Educação. Professor de séries iniciais da Rede Municipal de Ensino de Tijucas (SC.), Orientador Educacional da Rede Estadual de Ensino (SC), Professor de Prática de Ensino na Universidade do Vale do Itajaí (SC.) e professor de pós-graduação do CEITEC em Florianópolis (SC). )

Todo professor de Língua Portuguesa ou de língua materna, debate-se entre a necessidade de ler, comentar e corrigir textos escritos produzidos pelos alunos e suas próprias dificuldades em dar conta da tarefa: grande quantidade de textos para corrigir, seleção de critérios de correção adequados e disponibilidade de tempo. Não há como evitar esse conflito interno. A aquisição da escrita é um processo complexo e por isso o processo pedagógico para desenvolver essa habilidade torna-se, muitas vezes, confuso para o professor.
Embora se diga e repita que todos os professores são responsáveis por esse trabalho, em última instância, é o professor de Língua Portuguesa que assume a tarefa, sendo aquele a quem são dirigidas interpretações e queixas sobre a qualidade da escrita presente nos textos dos alunos. É provável, senão necessário e desejável, que o professor tenha maior experiência da escrita que o aluno. Contudo, será que todo professor sabe tudo sobre o processo de produção textual? Que corrigir? Que comentários fazer? Será que os professores de Língua Portuguesa não têm nada a aprender sobre o manejo da linguagem na grande diversidade de textos escritos na realidade social?
De nada vale tratar a escritura com sendo uma nova técnica. Ela é bem mais do que isso. De outra parte, não adianta ignorar as convenções na textualização.
Na verdade, os alunos e professores poderiam encontrar na atividade de escrituração um espaço social de interlocuções, de respeito à opinião do outro de forma de expressão lingüística e de pontos de vista diversos. Isto também é avaliação e ao mesmo tempo auto-avaliação. A avaliação é um perguntar-se constante e consciente. É um pensar livre, mas crítico, que ajuda a pessoa do aluno a se situar como agente de sua aprendizagem, de forma responsável e dinâmica. “A definição mais comum adequada encontrada nos manuais, estipula que a avaliação é um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão” (LUCKESI, 1996: 33).
Disponível em: http://www.portrasdasletras.com.br/
postado por Ângela,Erika, Isabela e Laerte